quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Asas da corporação (Cafeína Blues 2)


Não venha se for pra ignorar
Não tente se for pra desistir
Estou procurando o meu lar
E como cheguei até aqui

Minha boca tem gosto de café
Sua boca tem gosto de ilusão
Estou esperando você agir
Para iniciar uma reação

Não sei o que digo, digo nada
Não durmo, adentro a madrugada
Disposição química, forçada na veia
Alegria anêmica, inseto na teia

Pilulas mágicas de alegria
Noites mui trágicas, anomalia
Mais uma dose de conformismo
Uma overdose do capitalismo

Embaixo da asa da corporação
Ficam as ideias de uma nação
Embaixo da venda da televisão
As vendas das almas e do coração

Não venha dizer que quer voltar
Nem penso na hora de negar
Não é de hoje essa ideia vulgar
De na hora certa monopolizar

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Absurdo-mudo (2 por 1)


Me impressiona ver você continuar calado
Enquanto prendem suas asas para não voar
Absurdo-Mudo não te deixa mudar
E é dificil voar contra o vento pesado
Denso é o tempo, divino e imutável
Travado contra avanços, é contravenção voltar
Mas parar te torna descartável
Dez cartas na mesa, Dez anos de azar

Autorizou a exploração do seu pensamento
Divisão de lucros sem retorno algum
Vendeu junto o coração a preço 2 por 1
Uma história bem comum num povo desatento
Privatizaram o senso crítico ideal
Instituiram a violência inconsciente
Separatismo entre o correto e o racional
Monetizaram o espírito demente

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fechado para Balanço


Que seja por pena,
Que seja por crer,
Me deixa entrar,
Renovar, deixe ser...

Que seja por medo,
Que seja por dor,
Me deixa cuidar,
Medicar, dar amor...

Não seja egoísta,
Não busque razão,
Me deixa falar,
Incitar reação...

Não seja covarde,
Não busque ajuda ,
Me deixa tentar,
Balançar, Me iluda...

Que seja por pena,
Que seja por crer,
Me deixa entrar,
Renovar, deixe ser.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cabelos brancos, Vermelho-Sangue


O combustível da minha moto dura mais que meus amores
O vento me ensina mais do que o melhor dos professores
Não que isso lhe interesse, não costumo me abrir
Por favor mais uma dose, já é tempo de partir

Com a estrada aprendi que não se pode confiar
Nos que não olham no olho ou que falam por falar
Nos que julgam pela capa, pela pele, pelo couro
Nos que morrem pela pátria, pelo óleo, pelo ouro

Branco, leve e decadente, cada fio do meu cabelo
Traz consigo uma história, uma glória ou pesadelo
Pesadelos sobre a guerra, cicatrizes permanentes
Glórias na juventude, foram tempos diferentes.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Vento

Eis que te entrego, donzela
O que restou de minh'alma
Tens toda a mais pura calma
Ao compreender meu pesar
Não cabe a mim lamentar
Deveras doce ilusão
Acreditar que a paixão
Não voa leve com o vento
Deixando só o lamento
A quem no amor confiar

sábado, 25 de junho de 2011

Trem das 4

Aquilo que eu te disse, talvez não soou como o esperado
Mas era madrugada, garota, e ninguém pensa direito
O que valeu foi a tentativa, mesmo tendo dado errado
Não sei agradar ninguém, garota, Esse é meu maior defeito...

Vamos sair por ai...
Encontrar o que fazer,
Não ligue pra o que eles dizem,
É só o que sabem dizer.

Não nos resta muito tempo,
Meu trem chega as 4 horas.
Vamos sair, ouvir o vento,
Sorrir pras nuvens lá fora...

Eu só quero aproveitar enquanto eu ainda posso
Pois o tempo sempre leva o que há de mais precioso
E tudo que me restou é esse amor que não é nosso
É um inútil persistir, não dá lucro, é perigoso.

Suficiente, Triste...

Sou mestre na arte de quebrar corações,
Principalmente o meu...
Sou fruto de falsas lamentações
Você não compreendeu...

Queria descobrir como se quebra uma promessa,
Queria que soubesse como dói a indiferença.
Não tente evitar o que já está determinado,
Não tente ocultar o que já foi desenterrado.

Queria não lembrar da frieza do que pensas...
Como dói a indiferença,
Como tudo não começa.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Norte

Preciso aprender a respeitar um pouco menos
Pegar certas palavras, Transformá-las em veneno
A linha que separa o amor e o ódio
É feita de chumbo, É feita de ópio
Não beba da água que vem de cima
Guarde algumas mágoas, Destrua alguma rima
Sua dose diária de companhia
Abstinência é solidão. Concorrência, Guerra Fria...
Tenha medo daquilo que você segue
Te cega, te prende, te nega, te rege
O peso da farda. O preço da morte...
O inferno te aguarda. Siga para o norte.

terça-feira, 26 de abril de 2011

É tudo uma questão de interpretação.

O que você fará
Quando um dia acordar
E perceber que acabou completamente?

Que você está sozinho,
É um estranho no ninho
E que tudo vai mudar daqui pra frente...

Não há nada que possa fazer
Para deter a evolução
Nossos filhos não vao entender
A inexistência da razão

É você que escolherá
se o mundo vai mudar
Ou se o mundo vai mudar você...

Fazer a revolução
E andar na contramão
Ou deixar o seu sonho morrer...

Não há nada que possa fazer
Para deter a evolução
Nossos filhos não vao entender
A inexistência da razão

Há quem diga que o mundo está perdido
Tudo culpa dessa nossa geração
Deveriamos há muito ter corrigido
Nossos graves erros de interpretação

Não há nada que possa fazer
Para deter a evolução
Nossos filhos não vao entender
A inexistência da razão

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ignorar e desaparecer...

Ando meio alienado desse mundo diferente do que deveria ser
Boto meus fones de ouvido e esqueço do perigo que as pessoas costumam correr
Deve ser coisa de momento esse meu desligamento do que sempre lutei pra mudar
Mas um dia será tarde e a grande força oculta pode querer me calar...

Hoje em dia já não há quem de a vida por uma causa perdida, sem nunca se entregar
-Hey, menino, volta logo para casa, desiste dessa loucura ou então vão te matar!
Calma mãe, que eu confio nessa gente que sempre pensa diferente e tem vontade de fazer
E se tudo der errado no fim serei enterrado mas as idéias vão viver...

sábado, 29 de janeiro de 2011

É de Vagar e Divagar Devagarinho....

Vagando devagar, divagando ao luar...
E ai você descobre que era tudo mentira,
Pilares que confiava foram os primeiros a rachar...

Orgulho em excesso traz desvantagens,
Mas as vezes se faz necessário.

É tarde demais pra recomeçar.  
Recomeçar o que vejo agora que nunca começou.
E realmente não é esse o objetivo.


E a indecisão sempre persistirá.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Psicologia, por um Alcoólatra...

Seja bem vinda, entre, sente ali
Sinta se em casa, estarei bem aqui
Sirva um café, chá ou uma revista...
Você é a próxima, bem aqui, veja a lista.

Pode passar, deite aqui neste colchão,
Conte me mais, abra seu coração,
Que estarei anotando tudo, com um copo na outra mão...

Não há o que temer, desabafe, cuspa fora!
Ilusões, amores, problemas...Pouco a pouco vão embora...
Sim, acredite em mim, não é religião, nem magia,
É tudo simples assim... Pura psicologia.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

(L)iberdade... (S)onhos... (D)eus?

Não tenha medo, Feche os olhos, me dê sua mão,
Venha comigo, Abrir as portas da percepção...


Sente-se ao meu lado,  Observe o mundo explodir
No momento certo, Você saberá pra onde fugir.


Pode confiar em mim, Eu sei tudo sobre você.
Está pronta? Não temos nada a perder...


Está sentindo? É disso que eu estava falando.
Como se estivesse caindo, Sem ao menos estar voando... 


Basta acreditar, Tudo vai dar certo...
Não tenha medo, Chegue mais perto.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Incerteza

Não há nada mais insuportável e deprimente que a incerteza... A incerteza sobre o futuro, Sobre os sentimentos de alguém, Sobre que decisão tomar... Pior ainda é quando ela vem junto com a insegurança.
Certas dúvidas são até boas, pra alimentar o desejo de buscar respostas para elas... Mas vezes analisamos algo com uma outra visão e percebemos que talvez não seja como pensamos anteriormente... Gerando dúvidas que podem não trazer a resposta desejada. E isso é péssimo... Você saber que já tinha conhecimento do "problema"  mas não teve coragem de mudar... Até que de uma hora pra outra "tudo explode".
Sei lá, talvez você não entenda o que eu estou querendo dizer...