segunda-feira, 29 de outubro de 2012

De


Diversas são as formas de dizer adeus
De versos tomam forma os abraços teus
De perto me conformo com sorrisos tolos
De certo recupero meus sorrisos todos
De preto te revelo todos meus segredos
De longe eu percebo o quanto tenho medo
Defino em regalos meu maior mistério
Definha nos teus braços todo meu império
Defendo meu direito de ficar calado
Dependo de trejeitos para ser notado
Demando mil motivos pra pedir perdão
Debando para longe sem teu coração
Desisto dos teus beijos antes de tentar
De todos os lugares preferi ficar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Um Ode Ao Velho Mundo


Um ode ao velho mundo, velhas formas de pensar
Mergulhando no mais fundo, esquecido e sujo mar
Cavocando expectativas de um tempo diferente
Encobrindo tratativas nos negócios emergentes

Um ode ao velho mundo, velhas formas de sumir
Um ideal moribundo, pronto pra se despedir
Complexidade anunciada nas relações de trabalho
Humanidade condenada sob um sistema falho

Ocultando as virtudes de quem chega em segundo
Destruindo a atitude, um ode ao velho mundo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

O Medo


Tenho medo de mim mesmo
Do meu medo de errar
Minha vida, minha mente
O meu medo de mudar
Meu passado diferente
Ja não sei o que é melhor
Um sorriso impotente
Uma lagrima de dor
Um abraço de um amigo
Uma palavra bem dita
Em boa hora um abrigo
Uma música bendita

Lido com tantas pessoas
Que não lido com ninguém
Desaprendi coisas boas
Não consigo ir além
Por ser o último a ver
Só me resta a mudança
Decidir o que fazer
Aprender a nova dança
E tentar reconstruir
Aquela velha esperança
Sobre jamais destruir
A amizade e a lembrança

Eu tenho medo do tempo
Pois o tempo tudo apaga
Quero evitar o lamento
De não restar quase nada
Mas aos poucos eu me vejo
Corroendo corações
E o que eu menos desejo
É ver meus grandes amigos
Encerrando relações.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Da noite e não do amor


Dificil explicar a teoria que diz sempre é de dia que o mundo é pior
Um grande paradoxo aparece, ao ver que quando escurece as coisas ficam mais claras
A noite as vezes é perigosa, mas na noite tudo é preza e o medo é menor
Com as luzes apagadas e a cabeça no lugar a maneira de pensar nem se compara

Trancada no seu quarto, na vitrola um Rock N'Roll
Um cigarro pra esquecer aquilo tudo que passou
Um papel pra desenhar qualquer ideia que surgir
E um café pra evitar as tentativas de dormir

Ele se encontra de um jeito parecido, mas se tivesse dormido não teria que pensar
Pra ele tudo foi de um jeito mais difícil pois sabia desde o início não daria muito certo
Mas não pensava em desistir pois ele amava e então tudo perdoava, pelo medo de magoar
E aos poucos ele viu ela se afastar até tudo culminar com nem querer ele por perto

No escuro se encontraram naquela noite mais triste
E o destino decidiram após grande discussão
Era melhor seguir assim como se não existissem
Mesmo tendo consciência do peso no coração

E então foram para casa incompletos como se parte da alma escorresse pelos dedos
E a chuva começou naquela hora pra completar a história de um amor que acabou
Comentários espalharam-se repletos de malícia e boatos sobre os seus piores medos
Mas os dois ja nem ligavam mais pra nada, só queriam desapego já que o amor não funcionou.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Asas da corporação (Cafeína Blues 2)


Não venha se for pra ignorar
Não tente se for pra desistir
Estou procurando o meu lar
E como cheguei até aqui

Minha boca tem gosto de café
Sua boca tem gosto de ilusão
Estou esperando você agir
Para iniciar uma reação

Não sei o que digo, digo nada
Não durmo, adentro a madrugada
Disposição química, forçada na veia
Alegria anêmica, inseto na teia

Pilulas mágicas de alegria
Noites mui trágicas, anomalia
Mais uma dose de conformismo
Uma overdose do capitalismo

Embaixo da asa da corporação
Ficam as ideias de uma nação
Embaixo da venda da televisão
As vendas das almas e do coração

Não venha dizer que quer voltar
Nem penso na hora de negar
Não é de hoje essa ideia vulgar
De na hora certa monopolizar

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Absurdo-mudo (2 por 1)


Me impressiona ver você continuar calado
Enquanto prendem suas asas para não voar
Absurdo-Mudo não te deixa mudar
E é dificil voar contra o vento pesado
Denso é o tempo, divino e imutável
Travado contra avanços, é contravenção voltar
Mas parar te torna descartável
Dez cartas na mesa, Dez anos de azar

Autorizou a exploração do seu pensamento
Divisão de lucros sem retorno algum
Vendeu junto o coração a preço 2 por 1
Uma história bem comum num povo desatento
Privatizaram o senso crítico ideal
Instituiram a violência inconsciente
Separatismo entre o correto e o racional
Monetizaram o espírito demente

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fechado para Balanço


Que seja por pena,
Que seja por crer,
Me deixa entrar,
Renovar, deixe ser...

Que seja por medo,
Que seja por dor,
Me deixa cuidar,
Medicar, dar amor...

Não seja egoísta,
Não busque razão,
Me deixa falar,
Incitar reação...

Não seja covarde,
Não busque ajuda ,
Me deixa tentar,
Balançar, Me iluda...

Que seja por pena,
Que seja por crer,
Me deixa entrar,
Renovar, deixe ser.