quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Asas da corporação (Cafeína Blues 2)


Não venha se for pra ignorar
Não tente se for pra desistir
Estou procurando o meu lar
E como cheguei até aqui

Minha boca tem gosto de café
Sua boca tem gosto de ilusão
Estou esperando você agir
Para iniciar uma reação

Não sei o que digo, digo nada
Não durmo, adentro a madrugada
Disposição química, forçada na veia
Alegria anêmica, inseto na teia

Pilulas mágicas de alegria
Noites mui trágicas, anomalia
Mais uma dose de conformismo
Uma overdose do capitalismo

Embaixo da asa da corporação
Ficam as ideias de uma nação
Embaixo da venda da televisão
As vendas das almas e do coração

Não venha dizer que quer voltar
Nem penso na hora de negar
Não é de hoje essa ideia vulgar
De na hora certa monopolizar

Um comentário: